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Fashion Revolution 2020: confira a programação de Franca e acompanhe os talks

Na Semana Fashion Revolution 2020 o movimento irá abordar os temas: consumo, composição das roupas, condições de trabalho e também incentivar ações coletivas.

O movimento global Fashion Revolution luta por uma indústria da moda mais limpa e justa, no Brasil, registrado como Instituto, propõe temas para serem debatidos ao longo do ano e durante a Semana Fashion Revolution – principal campanha que acontece de 20 a 26 de abril. Este ano os temas de campanha são: Composição, Condições de Trabalho, Ação Coletiva e Consumo. “Os temas representam uma visão sistêmica do problema e apontam possibilidades para que as soluções sejam trabalhadas.” – diz Fernanda Simon, diretora executiva da organização.

A mensagem se baseia na questão do consumo global de moda que continua a ganhar velocidade em níveis insustentáveis na cultura de descartabilidade. Em todo o mundo são produzidas inúmeras roupas, a partir de materiais não sustentáveis, muitos dos quais acabam incinerados ou em aterros. O Fashion Revolution prega que é necessário repensar todo o sistema, passando de um modelo construído sobre o consumo excessivo e a descartabilidade para um modelo circular, onde os materiais e produtos podem ser utilizados por muito mais tempo.

A maior parte das roupas são feitas de materiais e processos que requerem a extração de recursos naturais não renováveis e produzem impactos ambientais negativos consideráveis. O poliéster, por exemplo, representa cerca de 60% da produção global de fibras, e utiliza cerca de 342 milhões de barris de petróleo por ano. Não é sustentável que a indústria do poliéster continue utilizando recursos virgens em sua produção. Desde a criação dessa fibra em 1941, a utilização do poliéster vem crescendo exponencialmente na indústria da moda, e ao considerar que essa fibra pode levar até 400 anos para se decompor, todo o poliéster produzido nos últimos 80 anos ainda existe em algum lugar do planeta. Para estimular mais transparência e informações sobre a composição das roupas, o Fashion Revolution lança a hashtag #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas, para assim aprofundar o debate sobre a maneira como as roupas são feitas.

Sobre a questão das condições de trabalho, há mais pessoas escravizadas hoje do que nunca antes na história. Milhões de pessoas são forçadas a trabalhar, com baixos ou nenhum pagamento, e sob ameaças e violência. Do trabalho infantil nas plantações de
algodão ao trabalho forçado nas fábricas de vestuário, a indústria global da moda é uma das que mais contribuem para a escravidão moderna, mas este continua a ser um crime oculto. O Fashion Revolution incentiva maior transparência na cadeia de valor, do campo à fábrica e para os centros de distribuição, a fim de eliminar as diversas formas de exploração.

Assim como os temas complexos de consumo, composição e condições de trabalho, o movimento também se debruça no poder das ações coletivas, entendendo que ações individuais são importantes, mas não são suficientes para trazer a mudança sistêmica
necessária a fim de acabar com a exploração das pessoas e do planeta. O que não se pode alcançar sozinho, pode ser defendido coletivamente, tanto para produtores da cadeia de valor, quanto para consumidores e ativistas. As pessoas que fazem as roupas estão mais aptas a conseguir melhores salários e condições quando têm uma voz coletiva no local de trabalho. É por isso que os sindicatos são uma força crucial para a mudança.

Com a Semana Fashion Revolution 2020 o movimento alcança uma nova proporção ao promover debates aprofundados e envolver outros atores da sociedade para marcar a história da moda rumo a um setor mais transparente, ético e limpo. Faça parte da revolução. Seja Curioso. Descubra. Faça algo!

Seguindo a determinação do Ministério da Saúde Federal e do Governo do Estado local, para conter a disseminação do Covid-19, o Fashion Revolution não irá realizar nenhuma atividade presencial e incentiva que, neste momento, a garantia da segurança (de saúde e financeira) de todos os trabalhadores do setor, seja a prioridade, tanto para os empresários, quanto para o governo e sociedade civil.

Portanto, haverão ações durante toda semana no Instagram oficial do Fashion Revolution e nos perfis dos Representantes de cada região.

Confira a programação de Franca e acompanhe os talks que serão transmitidos pelo Instagram da representante local Marina Ferro: @marinaaferro

22/04 – 18:00 – Bate papo sobre A escolha dos materiais e o impacto ao meio ambiente e Oficina de tingimento natural com Thais Diniz e Natalie Ferreira.

Thais Diniz
Estilista da marca infantil Alma de Joa. Pesquisadora e de processos naturais e com menos agressividade ao meio ambiente.

Natalie Ferreira é graduada em Moda pela FASM e Mestre em Design pela UAM.
É docente universitária e pesquisadora no curso de Moda da Unifran e de Gestão da
Produção Industrial na Fatec Franca. É especialista em Design de Moda e Calçados,
Pesquisa de Tendências e Ilustração.

23/04 – 18:00 – A reinvenção da moda através do propósito com Marina Ribas e Renata Abranchs

Marina Ribas trabalha no mercado de interiores e moda há 20 anos, com projetos
exclusivos e entrega de inteligência criativa personalizada para seus clientes. Leciona no IED Visual Merchandising. Parceira de grandes arquitetos e designers, que somam projetos de branding expirience no mercado da moda nacional. Um dos novos nomes promissores do mercado de arte, segundo o diretor do MAM Rio de Janeiro – Fábio Szwarcswald, com esculturas e instalações em grande escala em mármores e metais. Uma designer e artista plural.

Renata Abranchs

Belas Artes – UFRJ
Estilismo – SENAI Cetiqt
Fundadora do Bureau de Estilo Renata Abranchs, coleciona consultorias e projetos
especiais de Estilo e Branding com centenas de marcas de toda a cadeia da Moda
Brasileiira.
Cofundadora da plataforma de estilo de vida RIOetc.
Co autora de 7 livros,, dentre eles o “A Carioca – guia de estilo para viver a cidade
maravilhosa”.
Cofundadora do movimento #FeitoNoBrasil.
Fundadora do movimento CRIÁVEL.

24/04 – 18:00 – Gestões humanizadas: boas práticas e visão sustentável com Gabriel Silva e Fernanda Martinez da Costa

Fernanda Martinez da Costa
@fernandamartinezdacosta
Formada em Administração de empresas, com especialização em gestão humanizada.
Formação em Coach com especialização na abordagem positiva
Empresária e empreendedora a 20 anos no segmento de calçados.
Presidente da Associação PREMAF

Gabriel Silva
@gabesilva
Piloto Comercial e Instrutor de voo, formado nos Estados Unidos, onde residiu por 6 anos. Em 2011, abandonou a carreira de piloto após diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 1.
Empresário no segmento de calçados veganos desde 2013, quando lançou a marca Ahimsa.
Em 2014, fundou a primeira fábrica do mundo especializada em produção de calçados veganos.

Para saber mais:

@fash_rev_brasil

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