Transtornos mentais já lideram afastamentos no Brasil e custam trilhões à economia global. Para especialista, gestão integrada é chave para engajamento e retorno financeiro
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que a depressão e a ansiedade geram perdas de cerca de US$ 1 trilhão por ano à economia global, o equivalente a mais de 12 bilhões de dias de trabalho comprometidos. No Brasil, o cenário é igualmente preocupante: os transtornos mentais já estão entre as principais causas de afastamento prolongado. Apenas em 2023 foram concedidos 288.865 benefícios por incapacidade relacionados a esses quadros, alta de 38% em relação ao ano anterior, segundo o Painel Estatístico da Previdência Social. Em 2024, o número chegou a 472 mil afastamentos, o maior da última década.
Rodrigo Araújo, CEO da Global Work, avalia que a mudança de percepção dentro das empresas é resultado direto da constatação de que investir em saúde ocupacional e mental gera retorno financeiro mensurável. “Quando a empresa olha para a saúde do colaborador de forma integrada, ela não apenas reduz o absenteísmo e os afastamentos, mas consegue multiplicar de três a dez vezes o retorno sobre cada valor aplicado”.
A Global Work, que já realizou mais de 1 milhão de exames e atende cerca de 70 mil vidas em todo o país, desenvolveu um núcleo de gestão integrada voltado ao monitoramento de absenteísmo, acompanhamento psicológico e reabilitação de colaboradores. A proposta inclui desde atendimentos médicos por telemedicina até trilhas de desenvolvimento em saúde mental, ampliando o suporte ao longo da jornada laboral.
Para Rodrigo Araújo, o tema ainda carrega resquícios de tabu dentro no ambiente corporativo, o que atrasa diagnósticos e encarece soluções. “Ainda há gestores que tratam saúde mental como fraqueza individual. Esse estigma atrasa intervenções e aumenta os custos futuros”.
O especialista destaca ainda que o momento de retomada pós-férias é estratégico para inserir a saúde corporativa nos planejamentos anuais. “É quando projetos internos são reorganizados e novas metas definidas. Se a saúde não estiver na pauta desde o início, a empresa tende a lidar apenas com os efeitos, nunca com as causas”, avalia.
Sua empresa está saudável de verdade? Checklist para gestores:
“Não se trata apenas de cumprir obrigações legais, mas de garantir sustentabilidade aos negócios. Empresas que cuidam da saúde mental de seus times eliminam tabus, constroem engajamento, reduzem custos invisíveis e fortalecem a produtividade. Essa é a verdadeira métrica de competitividade no mercado atual”, conclui o CEO da Global Work.
Sobre Rodrigo Araújo
Rodrigo Araújo é Técnico em Segurança do Trabalho, cursou Engenharia Ambiental e atualmente cursava Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Com mais de 20 anos de experiência, atuou como gestor de saúde ocupacional e segurança em grandes empresas como Lacta, Roche Farmacêutica e Ipiranga Química.
Há 13 anos, fundou a Global Work com um propósito claro: “Cuidar de forma efetiva e integrada do maior ativo de qualquer negócio, seus colaboradores, e, ao mesmo tempo, oferecer ao empresário um diagnóstico completo, capaz de gerar retornos tangíveis e intangíveis para cada valor investido, com ROI de 3 a 10 vezes”. Atualmente, é CEO da companhia.
Sobre a Global Work
A Global Work é especializada em saúde ocupacional, segurança do trabalho e programas de qualidade de vida corporativa. Com clínica própria em São Paulo e uma rede credenciada de mais de 3.000 unidades em todo o Brasil, oferece soluções personalizadas que unem tecnologia, atendimento humanizado e conformidade legal. A missão da empresa é apoiar organizações na promoção do bem-estar dos colaboradores e na gestão integrada da saúde e segurança no trabalho.
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