- Composto atua no intestino do paciente e reduz problemas de agressividade, hiperatividade, cognição e linguagem. – (Foto: Divulgação/Volcanic)
A Volcanic, multinacional especializada em fitoterápicos, lança o primeiro produto no mercado de suplementos totalmente voltado para crianças e adultos com transtorno do espectro autista (TEA) feito com uma substância que existe na uva e em outras frutas. O produto, um suplemento chamado NeuroBalance ASD, foi lançado esta semana no mundo inteiro e é o primeiro a ser usado para tratar pacientes com TEA. Em pesquisas feitas em animais, ele mostrou melhoras no comportamento e reduziu sintomas como excesso de agressividade, problemas de cognição, de linguagem e hiperatividade. Os estudos também mostraram que o suplemento não apresenta nenhum efeito colateral.
O suplemento é feito com uma concentração alta de antocianinas de sementes de uva e agem inicialmente no intestino. Além disso, o produto conta como principal ativo a palmitoiletanolamida (PEA), que ajuda a regular a agressividade e a irritabilidade e é um neuroprotetor que também possui ação analgésica e anti-inflamatória. E ainda conta com o trans-resveratrol, vitamina D e coenzima Q10, ingredientes essenciais para suporte neurológico. O suplemento não possui gosto, o que é algo essencial quando falamos sobre alimentação de pessoas com TEA.
Médica pediatra e pesquisadora, Camila Milagres possui um extenso histórico de pesquisas na área do autismo e suplementação, inclusive ministrando cursos para pais e cuidadores desses pacientes. Ela é a co-responsável pela elaboração do suplemento alimentar lançado pela Volcanic, multinacional especializada em fitoterápicos. Elaborado a partir de estudos científicos feitos em camundongos, o produto busca ajudar nas disfunções secundárias que afetam pessoas no espectro autista.
Pesquisa publicada na Revista da Associação Brasileira de Nutrição (Rasbran) aponta que 53,4% de crianças e adolescentes com o distúrbio têm seletividade alimentar. A disfunção pode apresentar consequências pouco evidentes para esta população, mas ainda assim muito graves, como a deficiência de nutrientes essenciais, anemia e fragilidade óssea.
Um estudo complementar sobre a suplementação de nutrientes em crianças com TEA, publicado no Brazilian Journal of Health Review, mostra níveis baixos de vitaminas e minerais, no entanto indicam melhora de disfunções secundárias do autismo quando o auxílio suplementar adequado é adotado.
O resultado das pesquisas vai ao encontro do que a Dra. Camila Milagres, referência no tratamento do autismo, destaca sobre “prestar atenção aos cuidados essenciais para que essas pessoas tenham benefícios que estejam presentes no seu dia a dia”.