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Indústria Calçadista de Franca ‘perde’ 12 mil vagas em dois anos

Calçados

O número de sapateiros das fábricas francanas caiu de 30,3 mil em outubro de 2013 para 17,7 mil em dezembro do ano passado

Desde o início do século passado, a economia brasileira vem enfrentando seguidos períodos de recessão. Ao todo, por 14 vezes o PIB do país teve números negativos ao longo dos últimos 113 anos – começando com -0,42, em 1902; e tendo sua pior crise em 1990, com -4,35. Ou seja, a situação que enfrentamos atualmente é grave, mas não chega a ser uma novidade.

Para a indústria de calçados de Franca, o quadro é o seguinte: nos últimos 15 anos, 2013 foi o ano em que as fábricas francanas alcançaram seu melhor resultado. Tínhamos 30,3 mil trabalhadores em nossos quadros e uma produção de 39,5 milhões de pares. Em dezembro de 2015, vimos uma redução drástica desses números: 17,7 mil trabalhadores e 33 milhões de pares. Foram 12,6 mil postos de trabalho fechados e 39,4 milhões de pares que deixaram de ser produzidos, o equivalente a R$ 1,9 bilhão. Os dados são do Caged (Ministério do Trabalho e Emprego).

As exportações – que alimentam nossas esperanças hoje – também não têm tido o desempenho que gostaríamos. Nos últimos sete anos (desde 2009), as vendas de calçados do polo de Franca têm oscilado entre 2,9 milhões e 3,3 milhões de pares. Em 2015, mesmo com o câmbio nos favorecendo, não passamos dos 3,1 milhões.

Temos de recuperar nossa cultura exportadora, reconquistar mercados e equilibrar nossos pedidos entre o Brasil e o exterior. Vamos trabalhar juntos para virar esse jogo.
No fim do ano passado, o Sindifranca organizou junto com a Câmara Comércio e Indústria Brasil China um grupo de empresas para conhecer o mercado consumidor chinês. Neste ano, será lançado ainda em fevereiro mais um projeto de fomento à exportação.

É em momentos como esse que vemos ressaltada a importância da união de toda a cadeia produtiva do calçado na entidade que a representa: o Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca). Estamos alerta e trabalhando de forma organizada junto com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Abicalçados (Associação Brasileira do Calçado) para a defesa do setor. Trata-se de uma luta árdua, constante e muitas vezes silenciosa.

 
Fonte: Sindifranca
Foto: Reprodução/Ilustrativa