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Recado para quem está sozinho neste Dia dos Namorados

Mulher

Sobre amor, relacionamento, dia dos namorados e a tão temida “solteirisse” no Dia dos Namorados e como lidar com isso – por psicóloga Maria Cristina Ramos Britto – (Foto: Foto: Reprodução/Internet/Ilustrativa)

Esse texto foi inspirado por uma cliente que vivenciou o fim de um relacionamento às vésperas do Dia dos Namorados, o que provoca intenso sofrimento até pelo simbolismo da data. O choque foi ainda maior porque, como em muitos casos, o rompimento foi brusco e inesperado, dias depois de uma reconciliação com algumas promessas de planos futuros. Atordoada e ferida, ela se pergunta o que aconteceu, não era um relacionamento superficial, pelo menos para ela, percebe-se agora.

Muitas hipóteses podem ser levantadas, mas a verdade está no coração e na mente de quem se foi, daquele que desistiu. Seja por qual motivo for, fica para trás um coração partido, que precisará de um tempo para viver o luto, superar a dor e se preparar para um novo amor.

Parece prematuro falar em se apaixonar de novo, com uma ferida aberta, carregando-se lembranças de dias felizes e com o coração pesado de dúvidas. As perguntas não saem da cabeça, repetindo-se sem tréguas ou descanso: o que aconteceu? O que deu errado (ou sua variação, quando começou a dar errado)? Quando ele deixou de me amar? Ou será que nunca me amou? E elas tiram o sono, a fome, a vontade de levantar da cama, de trabalhar, de estudar. E o que era romance vira drama, com muitas lágrimas e autopiedade, como a de personagens trágicos da literatura.

E não vai aí qualquer exagero, há provas disso no consultório. A dor da gente pode não sair no jornal, como canta o poeta, mas ela existe, mesmo que escondida.Mas vamos falar de força, esperança e recuperação. E de um amor que não nos abandona nem nos trai, desde que o cultivemos sempre. Trata-se do amor-próprio, sentimento fundamental para a realização do indivíduo em todos os setores da vida. Ele é base para a felicidade, em todos os sentidos, sustentando a crença em si mesmo, nas capacidades e talentos da pessoa. O amor-próprio ajuda nas melhores escolhas, porque as opções nunca podem ser inferiores ao que se merece.

Quem o possui vive de acordo com o seu valor e constrói relações de igualdade e respeito. E tem mais chances de encontrar amores correspondidos. E quando, por qualquer razão, o relacionamento terminar, ele será essencial na recuperação emocional.

Palavra da psicóloga.

Por Maria Cristina Ramos Britto – Psicóloga com especialização em terapia cognitivo-comportamental.

 

Crédito/Fonte: Vilamulher.uol.com.br
Foto: Reprodução/Internet/Ilustrativa