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Senai Franca cria laboratório de testes para facilitar exportação de calçados

  • Máquina instalada no laboratório do Senai de Franca para a realização dos testes de substâncias restritas nos calçados. – (Fotos: Divulgação/Senai Franca)

Testes de substâncias restritas, que estão em fase de implantação, são realizados em parceria entre o Senai de Franca e São Bernardo do Campo

De olho no grande potencial de exportação do mercado de calçados, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Franca, em parceria com o Senai de São Bernardo do Campo, passou a realizar testes de ensaios de substâncias restritas. Antes, as empresas que necessitavam do procedimento, que está em fase de implantação, precisavam encaminhar os produtos para o Sul do Brasil ou para a China.

“Essa era uma reivindicação antiga dos empresários do setor calçadista que exportam para países como os Estados Unidos, além de alguns da Europa, que proíbem a entrada de produtos que tenham alguns componentes químicos como, por exemplo, o cromo que é usado para curtir o couro”, disse a diretora adjunta do DEPAR (Departamento de Ação Regional) da Fiesp, Flávia Lancha, responsável por intermediar junto ao Senai a instalação do laboratório na unidade de Franca.

Com o início dos procedimentos na cidade, a expectativa é facilitar o processo de exportação para as empresas calçadistas de Franca e região.

De acordo com o coordenador do laboratório do Senai Franca, Everton Lovo, na cidade é realizado todo o processo de separação da amostra, por modelos, identificação dos materiais que compõem o calçado, além da identificação do tipo de ensaio que deverá ser realizado para cada material, os ensaios físicos como descolagem do calçado e abrasão do solado.

“Iniciamos há algumas semanas os primeiros testes e estamos atendendo as primeiras empresas. O processo feito em Franca dura, em média, uma semana. E, posteriormente, os produtos são encaminhados para o São Bernardo do Campo”, explicou.
No Senai de São Bernardo do Campo serão realizados os ensaios de cromo, cádmio, chumbo e ftalatos, que são as substâncias consideradas restritas e que não podem estar nos calçados que serão exportados.

A capacidade do laboratório de Franca e São Bernardo do Campo, segundo Lovo, é de atender entre 30 e 40 empresas por semana.

“Começamos a pesquisar a instalação desse laboratório desde o ano passado, através da intermediação da Flávia Lancha com os empresários da cidade que buscavam uma facilidade nestes testes, já que eles precisavam encaminhar para outras cidades e até para o exterior”, disse o diretor do Senai Franca, Wagner Lopes. “A perspectiva é a melhor possível e nosso objetivo é conseguir atender toda a demanda de Franca e a região”, completou.