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Setor de calçados deve reestruturar seu marketing

Katherine Sresnewsky Foto Divulgacao Francal feiras Ag Riguardare

O preço de venda de calçados e acessórios teve baixo crescimento no último ano em escala mundial, porém o cenário até 2019 é bastante animador para os varejistas. É o que revela estudo da professora de pós-graduação e especialização do Instituto Europeu de Design (IED-SP), Katherine Sresnewsky (foto). Com sede em Milão, o Instituto é referência em estudos de moda e já está há uma década em São Paulo.

“Temos de ficar de olho na Índia e na China, os porcentuais de crescimento no varejo de calçados será de, respectivamente, 37% e 33% até 2019. Enquanto isso, a previsão é que o Brasil cresça somente 0,5% no mesmo período”, disse Katherine. Olhando o fenômeno com mais detalhes, os mercados indiano e chinês são bastante voltados para a população infantil, enquanto o foco é estabelecido em calçados femininos nos demais países.

Existe no mundo a tendência de envelhecimento muito alta. Com o controle de natalidade, o mercado deve buscar desenvolver e investir em produtos cada vez mais voltados para os baby boomers – pessoas nascidas no pós guerra e hoje acima de 60 anos. Além disso, o mercado masculino de calçados está começando a ascender nos últimos anos, pelo aumento da demanda. Ano passado, 55% do varejo atingia o público feminino e 28% o masculino no Brasil. O setor deve rever sua postura.

Katherine chamou a atenção para o fato do consumidor brasileiro ser mais consciente e menos individualista. As novelas influenciam muito o consumo fashion, os comerciantes devem saber aproveitar isto. As marcas estrangeiras são sinônimos de status, por isso as marcas de luxo estão cada vez mais parcelando seus produtos para o acesso do consumidor, enquanto lojas populares fazem parcerias com estilistas famosos, a fim de atingir a classe C.

 

Fonte: Primeira Página/Feirafrancal.com.br
Foto: Divulgação Francal Feiras/Ag.Riguardare