/Verão requer mais cuidados para evitar proliferação do mosquito da dengue

Verão requer mais cuidados para evitar proliferação do mosquito da dengue

Cuidados

Além dos sintomas causados pela dengue, zika e chikungunya o mais preocupante são as complicações em longo prazo.

Com a chegada do verão, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. No calor, as pessoas costumam usar mais a água nos cuidados do lar, aumentando o risco de proliferação de criadouros do mosquito da dengue, responsável por causar dengue, a zika e a chikungunya nas pessoas.

Dengue, zika e chikungunya são três doenças causadas por vírus que estão em circulação ao mesmo tempo no Brasil e são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Todas elas podem apresentar sinais parecidos, como febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (manchas vermelhas pelo corpo).

Porém, há sinais e sintomas marcantes que podem diferenciar uma da outra. “Na zika a febre pode ser baixa ou mesmo estar ausente. Náuseas, vômitos e diarreia acontecem normalmente na dengue, assim como, dores nos músculos, nas articulações, na cabeça e atrás dos olhos. Na chikungunya há inchaço nas articulações e dores intensas que tornam difíceis atividades do dia-a-dia”, explica a professora Dra. Tatiana Longo Borges, Coordenadora Curso de Enfermagem da Estácio.

Apesar de tais sintomas serem importantes, o mais preocupante são as complicações em longo prazo. Assim, a dengue pode levar a alterações em órgãos como pulmões, coração, fígado, rins e no sistema nervoso central. Na chikungunya a dor pode persistir por anos. A zika pode acarretar também problemas neurológicos, porém, com chance de reação autoimune.

As consequências e complicações da dengue, da chikungunya e da zika estão ainda sendo estudadas pela ciência. No entanto, o que é conhecido é que o vetor, ou seja, o mosquito transmissor, pode e deve ser combatido. À medida que a infestação pelo mosquito aumenta, as chances de contrair uma das doenças tornam-se maiores também.

Para auxiliar a eliminar o mosquito é importante que as casas permaneçam limpas, de forma a acabar com possíveis criadouros. “Vasos, potes de água de animais ou qualquer objeto onde possa existir água parada, mesmo que limpa, devem ser esvaziados e esfregados. O uso de inseticidas não é recomendado, pois pode fazer com que permaneçam vivos os mosquitos mais resistentes, que podem procriar-se dando origem a outros mosquitos igualmente resistentes, ou seja, imunes aos inseticidas. A proteção contra o mosquito pode ser realizada com telas nas janelas e roupas que cubram a maior parte possível do corpo”, explica a profissional.

 

Foto: Ilustrativa/Divulgação