/Falta de sono aumenta em até 20% o risco de doenças cardíacas

Falta de sono aumenta em até 20% o risco de doenças cardíacas

  • Dormir bem é tão importante para o coração quanto atividade física e alimentação saudável. – (Foto: Ilustrativa/Freepik)

“Cuidar da qualidade do sono é uma forma eficaz de proteger o coração”. A afirmação é do Dr. Ricardo Ferreira, médico cardiologista, doutor pela Universidade de São Paulo e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial, Arritmia Clínica e Eletrofisiologia Clínica e Invasiva. O especialista explica que nem sempre o sono é visto como um fator essencial de saúde cardíaca, mas que deveria receber tanta atenção quanto a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável.

“O sono é um processo biológico essencial para a recuperação do organismo, a regulação hormonal e o bom funcionamento do sistema cardiovascular. Quando o padrão de sono é interrompido, seja pela insônia, apneia obstrutiva, sono fragmentado ou horários irregulares, o corpo entra em desequilíbrio, e o coração é um dos primeiros que sofre com os impactos”, diz.

De acordo com a pesquisa publicada no Journal of American College of Cardiology, pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm risco até 20% maior de desenvolver doenças cardíacas em comparação àquelas que dormem de sete a oito horas regularmente. “Além disso, distúrbios como a apneia do sono, caracterizada por pausas na respiração durante a noite, podem provocar quedas bruscas de oxigênio no sangue, levando o coração a trabalhar mais intensamente. Esse esforço constante aumenta as chances de arritmias, insuficiência cardíaca e até infarto”, conta o médico.

A orientação do cardiologista para quem quer transformar o sono em um aliado da saúde do coração é estabelecer uma rotina de horários fixos, evitar o uso de telas antes de dormir, reduzir o consumo de cafeína e praticar atividade física regularmente. “Essas são medidas simples, mas poderosas”.

Sobre o Dr. Ricardo Ferreira

Dr. Ricardo Ferreira Silva é graduado em medicina pela Universidade de Uberaba (MG), fez residência em Cardiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, em 2011, e se especializou em Estimulação Cardíaca Artificial e Arritmia Clínica no Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese de São Paulo, em 2014 – título reconhecido pelo Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial. Além de ter especialização em eletrofisiologia clínica e invasiva no Hospital do Coração de São Paulo e concluído seu Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), em 2018.

Já em 2017, Dr. Ricardo fundou o Centro Cardiológico em sua cidade natal, Uberaba, para levar o que havia de mais moderno em tratamento de arritmia cardíaca para o interior do estado. Em pouco tempo, com a evolução do serviço e a necessidade de facilitar o acesso aos pacientes de outras localidades do país, expandiu para São Paulo. Hoje, está presente também dentro de hospitais como Beneficência Portuguesa, Samaritano e São Camilo – em São Paulo.