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Artigo: Quais são nossas apostas para 2024?

  • Por Adriana Coutinho Viali. – (Foto: Divulgação)

A aceleração do desenvolvimento de soluções tecnológicas é tanta que muitas vezes é difícil acompanhar. Por isso, no início de um novo ciclo, é sempre interessante fazer uma pausa para avaliar quais são os rumos do mercado de tecnologia. Um fato é que as empresas continuarão investindo em inovação e digitalização. Segundo o Gartner, os gastos globais com Tecnologia da Informação (TI) devem representar um aumento de 8% em 2024, chegando a US$ 5,1 trilhões. Grande parte desse valor vai para a Inteligência Artificial e a automação, que continuam dominando a narrativa em 2024.

Entre as várias tendências de TI apontadas para 2024, gostaria de destacar quatro que devem merecer a atenção dos CIOs:

Aplicativos para IA: em 2023, todo mundo foi em maior ou menor grau impactado pela revolução da Inteligência Artificial Generativa (GenAI, sigla em inglês). Com ela, foi possível automatizar tarefas e melhorar a produtividade, criando novos produtos e serviços.

A previsão do Gartner é que, até 2026, cerca de 80% das empresas estejam usando APIs e modelos de GenAI e/ou implementando aplicativos habilitados em ambientes de produção. No início de 2023 eram menos de 5%.

Esse é um nicho crescente e importante de mercado, que deve ganhar cada vez mais players. A IA generativa está passando por um processo de democratização com os modelos massivamente pré-treinados, computação em nuvem e código aberto.

O aumento da acessibilidade desta tecnologia é possível pelo avanço no poder de processamento de uma quantidade imensa de dados que estão sendo coletados e armazenados continuamente. Isso permite que os modelos apresentem saídas mais realistas e precisas. Ferramentas e bibliotecas de código aberto também tornam mais fácil para os desenvolvedores criar e usar modelos de IA generativa.

Em resumo, a combinação de recursos acessíveis, comunidades de apoio, aplicações diversificadas e uma crescente conscientização pública está impulsionando a tendência da IA generativa democratizada.

Regulamentação do setor de IA: 2024 provavelmente verá o avanço de uma regulamentação mais rigorosa da IA. A gestão de confiança, risco e segurança é essencial para o uso adequado da ferramenta, que pode levar à violação de privacidade, à discriminação e à manipulação de informação, entre outros problemas.

A União Europeia já externou a sua preocupação e propôs uma legislação para estabelecer limites para o seu uso. O Reino Unido criou um centro de ética e inovação de IA. Estados Unidos e China são outros exemplos de países que também já começaram a regulamentar o tema. A principal questão é como estabelecer uma cooperação entre os diferentes atores envolvidos na IA, como governos, empresas, academia, sociedade civil e organizações internacionais, para definir padrões globais e mecanismos de governança para a tecnologia.

Gerenciamento contínuo de exposição a ameaças: cibersegurança foi um dos grandes temas de 2023 e não deve sair dos holofotes em 2024. O conceito de Gerenciamento Contínuo de Exposição e Ameaças (Ctem, na sigla em inglês) é um tópico que deve ganhar cada vez mais relevância, já que as organizações passaram a entender que os recursos de cibersegurança não devem ser apenas paliativos e o tema merece uma atenção dedicada e sistemática para conferir agilidade de atuação na identificação e mitigação de ameaças. Com o Ctem, os sistemas expostos são continuamente testados abrangentemente. Os dados de ameaças e impacto nos negócios são comunicados com frequência, permitindo que as equipes tomem decisões informadas e ajam prontamente. Mas vale lembrar que, para ter sucesso, o Ctem envolve a coordenação de pessoas, processos e tecnologia.

Plataformas industriais em nuvem: a possibilidade de realizar o uso de dados de tempo real permitirá que empresas tenham insights atualizados e possam agir mais rapidamente, pois as soluções fundamentadas na nuvem já estão disponíveis para implementação no ambiente fabril e também na automação. Assim, seus empregos são inúmeros: gestão de qualidade, manutenção preventiva, análise de produção, gestão da planta de qualquer lugar e gestão de IOTs, além de poder utilizá-las para análises com Big Data e IA.

Com isso, o ciclo da inovação pode ser acelerado, fazendo com que produtos e serviços possam ser lançados mais rapidamente no mercado. Importante dizer que as plataformas industriais em nuvem também eliminam a necessidade de um investimento direto em arquitetura e infraestrutura de rede.

  • Adriana Coutinho Viali é CEO na NAVA Technology for Business

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