- Produtor Flávio Matos e sua esposa Márcia recebem o prêmio de 1º Lugar no 22º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana das mãos da gestora executiva da AMSC, Marta Grill, e do presidente do Conselho da AMSC, Milton Pucci. Café produzido por Flávio bateu recorde no Leilão dos Campeões. – (Foto: Divulgação)
Valor foi atingido no Leilão de Campeões do 22º Concurso de Qualidade de Café da AMSC
O 22º Concurso de Qualidade de Cafés promovido pela AMSC (Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana) alcançou um recorde: registrou a saca de café mais cara da história da Alta Mogiana. Foi a primeira vez, desde que o concurso foi criado, que uma saca de café de 60kg atingiu o valor de R$ 25 mil, 15 vezes mais que a média dos cafés especiais que atualmente gira em torno de R$ 1,7 mil. Esse valor foi alcançado durante o Leilão dos Campeões do concurso, que aconteceu no último dia 3 de outubro.
O evento reuniu mais de 350 produtores da Alta Mogiana, que abrange 23 cidades, sendo 16 paulistas e sete mineiras. O concurso foi realizado em conjunto com o 9º Fórum de Qualidade. A programação se estendeu por todo o dia e contou com palestras, mesas redondas, cupping dos cafés finalistas e campeonato de filtrados. À noite, foi realizada a Cerimônia de Premiação do 22º Concurso e o Leilão dos Campeões.
O concurso promovido pela AMSC é dividido em duas fases e tem três categorias: café natural, café fermentado e café produzido por mulheres. Neste ano, participaram 107 amostras. Na primeira fase, nove juízes provam todas as amostras e elegem as 10 melhores de cada uma, que serão as finalistas do concurso. Para ser finalista, o café precisa pontuar acima dos 85 pontos na escala da Specialty Coffee Association (SCA), que vai até 100”, explicou o presidente da AMSC.
Na segunda fase, um novo júri é formado e são escolhidos os cinco melhores de cada categoria, que recebem os prêmios. “Neste ano, tivemos uma novidade que foi a Menção Honrosa entregue aos melhores cafés de cada cidade participantes”, disse o presidente da AMSC, Jean Faleiros.
Encerrada a premiação, é realizado o Leilão dos Campeões, em que são vendidas as sacas dos cafés vencedores do concurso. Em 2024, o café produzido por Flávio Antônio de Matos, da Terracota Specialty Coffee, em São Tomás de Aquino, Minas Gerais, bateu o recorde de valor. No leilão, sua saca alcançou R$ 25 mil. O café produzido por Flávio é um Geisha, pontuou 91.43 e venceu a categoria café natural. Antes, o recorde de venda era R$ 11 mil a saca, alcançado no ano passado.
Além de Flávio Matos, também foram campeões o café produzido por Thelma de Lima Peixoto na categoria café fermentado, com 88.64 pontos, e por Marilise Faleiros, na categoria melhor café produzido por mulheres, com 90.29 pontos. Ambas são de Ibiraci, Minas Gerais.
Para Martha Grill, gestora executiva da AMSC, o sucesso do concurso e do leilão da Alta Mogiana não se limita apenas ao valor recorde alcançado. “Mas também ao fato de que todos os campeões de todas as categorias do concurso foram comprados por empresas brasileiras, o que significa que nós poderemos tomar os melhores cafés que produzimos aqui no Brasil. É uma alegria poder compartilhar essas verdadeiras joias da Alta Mogiana”.
O café produzido por Flávio foi comprado pelas empresas Labareda, Cocapil, Acervo café e Carmo Coffees. O café produzido por Marilise foi arrematado pela a Roast, de Belo Horizonte, e o café da Thelma foi vendido para o Grupo Cafeza.