/Compositor e baixista lança CD ‘Eduardo Machado toca Alegre’ dia 20 nas plataformas digitais

Compositor e baixista lança CD ‘Eduardo Machado toca Alegre’ dia 20 nas plataformas digitais

  • O disco de Eduardo Machado, que homenageia o músico e compositor gaúcho Alegre Corrêa, mostra a diversidade e o ecletismo da música instrumental brasileira. – (Foto: Ismael Derruci)

Eduardo Machado homenageia o músico e compositor gaúcho Alegre Corrêa com disco que mostra a diversidade e o ecletismo da música instrumental brasileira e reúne maracatu, baião, samba, bossa nova, latin jazz, chamamé e chacarera

Em seu 9º disco, “Eduardo Machado toca Alegre”, o compositor e baixista Eduardo Machado revela, despropositadamente, toda a diversidade e o ecletismo da música instrumental brasileira. O trabalho, que homenageia o músico e compositor gaúcho Alegre Corrêa e será lançado quinta-feira (20/05) nas plataformas digitais, reúne um time de peso, que explora os instrumentos além da sua forma tradicional, criando uma atmosfera com hibridismo de estilos como maracatu, baião, samba, bossa nova e latin jazz, influenciados ainda pelo chamamé e pela chacarera, ritmos de origem argentina, presentes no Sul do Brasil.

“O Alegre tem uma obra fantástica e deveria ser muito mais reconhecido pelo que é e o que representa para a música brasileira. Seu som é diferente, com melodia simples e ao mesmo tempo sofisticada, muito difícil de se fazer. E ele é assim, seu trabalho é o seu retrato. Sou seu fã e admiro a riqueza das suas composições e canções, em todos os sentidos: ritmicamente, harmonicamente e melodicamente”, diz Eduardo Machado.

A história do compositor e baixista com a obra de Alegre começou em 1996, durante sua primeira viagem à Europa para estudos, onde assistiu o Festival de Jazz de Montreux, na Suíça. “O show era à noite, mas cheguei cedo e tinha um pessoal fazendo um baita som, que me impressionou muito. Era o Alegre e sua banda. Após uns meses, fui tocar em Campinas (SP) e um amigo guitarrista me apresentou dois CDs do Alegre, foi muita coincidência porque eu nem sabia que ele era brasileiro. Fiz cópia das músicas e comecei a estudar as partituras e compartilhar com os amigos”, conta Eduardo.

A partir daí, o baixista paulista – que é considerado pela crítica especializada um dos maiores nomes do contrabaixo brasileiro da atualidade – incluiu Alegre nos repertórios de shows e projetos como o “Quinta Jazz”, realizado durante sete anos em Franca (SP), cidade que Eduardo escolheu para morar há mais de 40 anos.

“Em 2016 fiquei sabendo que Alegre havia se mudado de Viena (onde morou durante mais de 20 anos) para Florianópolis (SC) e mandei um e-mail o convidando para participar do projeto. Na oportunidade, agendei alguns shows nas cidades da região. Ele perdeu o avião, chegou em cima da hora e não conseguimos ensaiar. Conheci ele no palco e ele ficou impressionado que a banda sabia tocar suas músicas”, diz Eduardo.

Foi neste dia que surgiu uma grande amizade e parceria entre os músicos. “Dois meses depois, ele me convidou para fazer shows com a banda dele, coincidentemente, 20 anos depois de eu ver seu show na Suíça”, ressalta Eduardo.

Alegre Corrêa, de Passo Fundo (RS), é músico autodidata, com 40 anos de carreira. Iniciou sua trajetória em bandas de baile, mas logo passou a se dedicar à composição. Em 1988, mudou-se para a Áustria, onde consolidou sua carreira tocando com orquestras e grandes músicos da World Music, dentre eles Joe Zawinul.

Ao longo de sua trajetória, gravou 13 álbuns solo como compositor, arranjador e instrumentista, e ganhou vários prêmios, sendo os mais importantes: “CD do ano” (Hanskoller Prize – Áustria 2002), “Músico do Ano” (Hanskoller Prize – Áustria 2003) e, com o grupo de Joe Zawinul, o “Grammy Awards” (EUA 2009).

“Não tenho palavras para agradecer. Essa homenagem, em vida, significa um respeito muito grande pela minha música e pelo meu trabalho, ainda mais sendo do Eduardo, que tem um nível alto de música. Não tem como explicar a sensação de trabalho cumprido, de sentir que sempre estive no caminho certo”, diz Alegre Corrêa, que participa do disco como cantor.

O DISCO

O CD “Eduardo Machado toca Alegre” será lançado na quinta-feira (20/05), em todas as plataformas digitais. Com participação especial do homenageado, o álbum apresenta nove faixas e repertório eclético de música instrumental brasileira. Chamamé e pela chacarera, ritmos de origem argentina presentes no Sul do Brasil, influenciam os acordes, batuques e efeitos sonoros, em um jogo dinâmico e extremamente melódico, com hibridismo de estilos como maracatu, baião, samba, bossa nova e latin jazz.

“A diversidade, essa atmosfera, a ginga que a música brasileira tem é única! A ideia é explorar os instrumentos além da sua forma tradicional, com sonoras melodias e harmonia mais ritmada, empolgante, e a bateria mais melódica”, diz Eduardo.

No disco, o baixista vem acompanhado de um time de músicos da mais alta qualidade. O carioca Márcio Bahia (bateria) integrou o grupo de Hermeto Pascoal durante 33 anos e já tocou nos maiores festivais de jazz na Europa, EUA, Japão e América do Sul. Jota P (sax tenor/soprano/flauta) faz parte dos grupos de Alegre e de Hermeto Pascoal, e tem no currículo Prêmio da Música Brasileira e Grammy Latino. Gil Reis (teclado) é parceiro de Eduardo há 12 anos e, como pianista, já fez quatro turnês internacionais ao lado do baixista.

“Eduardo Machado toca Alegre” conta com participação especial de Gabriel Grossi (harmônica), que é autodidata, considerado um dos melhores harmonicistas do mundo, com carreira solo consolidada no Brasil e outros países, integrante do Hamilton de Holanda Quinteto (Prêmio Música Brasileira, em 2007) e finalista do Grammy Latino (três vezes). E de Marquinho Sabino (percussão), com mais de 25 anos de experiência, já dividiu o palco com grandes artistas e participou de inúmeros CDs e DVDs.

“Eu já toquei com todos eles, mas em diversas épocas e situações. Escolhi músicos que tinham a ver com a minha música e a do Alegre e reuni essa turma pela primeira vez. Nesta gravação, momentos onde o prazer de ouvir e fazer música se misturam”, explica Eduardo.

“Minha música é muito simples, qualquer pessoa pode tocar, mas esses músicos de alto nível, acostumados a tocar melodias complexas, fizeram interpretações maravilhosas, a minha música cresceu. Fiquei muito emocionado pela escolha do repertório, os arranjos especiais, as versões com novas ideias. Foi uma honra participar de todas as formas”, completa Alegre.

O álbum mostra diversas fases da trajetória de Alegre e apresenta duas faixas inéditas: “Toca Alegre”, composta em parceria com Eduardo, especialmente para a obra, e a canção “Brotou uma Canção”, composta por Alegre, Paulinho Pedra Azul e Cristóvão Bastos, e gravada com a participação do homenageado, mostrando uma nova faceta, como cantor.

“Tive o prazer de compor com esses novos parceiros, Cristóvão Bastos é simplesmente um dos maiores compositores do nosso país, e participar cantando. Sempre gostei de cantar, na verdade fui primeiro cantor antes do que qualquer outra coisa, e todos os meus temas, as melodias, sempre fiz com a voz”, revela Alegre.

Entre as nove faixas vale destacar também a refinada “Bachião”, que mescla o baião da música nordestina com forte influência da música erudita, especialmente do compositor Bach, e a melodia do chamamé “Encontro das Águas”, que, segundo Eduardo, sempre emociona o público.

Eduardo Machado (chapéu) com os músicos Gil Reis, Jota P, Márcio Bahia, Gabriel Grossi e Marquinho Sabino (da esquerda p/ direita) durante a gravação do CD. – (Foto: Maristela Francisconi)

Serviço:

Lançamento do CD ‘Eduardo Machado toca Alegre’
Data: quinta-feira, 20 de maio
Pre-save: https://tratore.ffm.to/alegre
Site: http://www.eduardo-machado.com
Redes sociais: http://www.facebook.com/eduardomachadobass/
https://www.instagram.com/eduardomachadobass/
http://www.youtube.com/EduardoMachadoBass