- Augusto Cury e neto. – (Fotos: Divulgação)
Com realização da Virazóm, “O Homem Mais Inteligente da História” emocionou e arrancou diversos aplausos da plateia
Uma jornada épica para saber se Jesus era um mestre em ter autocontrole, gerir sua emoção, trabalhar perdas e frustrações, libertar sua criatividade e formar pensadores. Foram esses questionamentos que nortearam o espetáculo o “Homem Mais Inteligente da História”, realizado na última quinta-feira, 9 de dezembro, no Centro de Eventos RibeirãoShopping. A obra, que recebeu a presença do psiquiatra, pesquisador e escritor Augusto Cury, contou a trajetória do cientista Marco Polo, (interpretado por Gil Hernandez) que aceita a missão da ONU de analisar a inteligência de Jesus Cristo em uma mesa-redonda. Bianca Rinaldi, Ivan Parente, Marcelo Gomes, Murilo Inforsato e Priscila Dieminger integraram o elenco.
Ao estudar a mente de Jesus, Marco Polo surpreende os demais participantes da pesquisa que esperavam encontrar um homem comum, sem grandes habilidades intelectuais, mas que ficam admirados diante do inexplicável.
“Jesus foi (e ainda é) o maior especialista no território da emoção. O homem, mestre da sensibilidade, que demonstrou doçura e que enxergou nitidamente além das profundezas da nossa delicada condição humana. Soube lidar com a dor, não se abatia”, explicou Cury.
Além de abordar os principais aspectos da gestão da emoção, o espetáculo também falou sobre autocontrole, criatividade, solidariedade e amor, e ainda tratou com sensibilidade temas polêmicos como depressão e violência contra a mulher.
Ao final da peça Augusto Cury subiu ao palco, agradeceu a entrega dos atores e disse que a história do personagem Marco Polo tem muito da sua biografia. “Eu fui um dos grandes ateus dessa terra. Não digo grande no sentido de melhor do que os outros, mas de ser uma pessoa cética, uma pessoa que supervalorizava a ciência e endeusava os métodos”, explicou.
“Como professor do programa de mestrado e doutorado da USP eu digo aos meus alunos que infelizmente o mestre dos mestres não entrou na grade curricular das universidades do mundo, das escolas de ensino básico, porque de fato as ciências cometeram um erro atroz em não ter estudado as ferramentas que ele utilizou para formar mentes livres com emoções saudáveis”, finalizou.
A parceria entre a diretora Cristiane Natale e Cury dá continuidade à transposição da obra do escritor para os palcos, já que eles também são responsáveis pela adaptação de O Vendedor de Sonhos, espetáculo que foi lançado em 2018 marcando a estreia da obra de Cury no teatro e hoje já acumula 100 mil espectadores em mais de 150 apresentações realizadas de norte a sul do país e no exterior.