- Silvia Fonseca, médica infectologista e docente do IDOMED. – (Foto: Divulgação)
Campanha nacional destaca avanços no cuidado, importância do diagnóstico precoce e estratégias de prevenção combinada
Neste 2 de dezembro, o Brasil segue mobilizado pelo Dezembro Vermelho, campanha nacional dedicada à conscientização sobre HIV e Aids. A iniciativa ganha ainda mais força após o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro, data que marcou o início das ações de prevenção, testagem e informação em todo o país.
O Dezembro Vermelho reúne ações educativas, ampliação da oferta de testes rápidos, distribuição de preservativos e divulgação de orientações sobre estratégias de prevenção combinada. Entre elas estão o uso do preservativo, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), indicada para pessoas com maior risco de exposição ao vírus, e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), utilizada em situações de emergência quando houve contato de risco. Em caso de diagnóstico positivo, o início imediato do tratamento antirretroviral é essencial e está disponível gratuitamente pelo SUS.
A médica infectologista Silvia Fonseca, docente do IDOMED (Instituto de Educação Médica), destaca que o cenário atual permite olhar para o HIV com esperança, responsabilidade e sem estigma. “Hoje, um diagnóstico positivo não representa o fim de um projeto de vida. Com o tratamento adequado e adesão ao protocolo, a pessoa vivendo com HIV pode ter qualidade de vida plena, expectativa de vida semelhante à da população geral e seguir com sua rotina, trabalho, relacionamentos e planos. O tratamento antirretroviral é altamente eficaz e, quando bem conduzido, mantém a carga viral indetectável, o que também impede a transmissão sexual do vírus. Informação e cuidado são fundamentais”, afirma.
Silvia reforça que a prevenção continua sendo a principal ferramenta para frear novas infecções. “O preservativo segue sendo um método simples e acessível que protege contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. A PrEP é uma estratégia segura e eficaz para pessoas com maior exposição ao vírus. Já a PEP é indicada quando há um episódio de risco e deve ser iniciada o quanto antes. Conhecer essas possibilidades ajuda cada pessoa a se proteger melhor”, explica.
A campanha também chama atenção para a importância da testagem regular, especialmente entre pessoas sexualmente ativas. Os testes rápidos do SUS apresentam alta sensibilidade, são gratuitos, sigilosos e permitem o início imediato do cuidado, caso necessário.
Para a médica, o objetivo central do mês é claro: “HIV tem prevenção, tem tratamento e permite vida plena. É possível viver bem, desde que se faça o diagnóstico, se inicie o tratamento corretamente e se mantenha acompanhamento com a equipe de saúde. Dezembro Vermelho também é sobre acolhimento e redução do estigma. Falar sobre HIV com responsabilidade salva vidas”.










