por Jennifer Lobo – (Foto: Ilustrativa/Divulgação)
Muitos estudos envolvendo pacientes nos seus últimos meses de vida já foram publicados. Deles, extraem-se alguns ensinamentos que deveriam nortear nossas vidas: viver de acordo com os próprios desejos, trabalhar menos, expressar mais os sentimentos, manter a proximidade com os amigos e se permitir ser feliz. Há muita simplicidade nos arrependimentos mencionados. Não há menção à necessidade de dinheiro ou do sucesso reconhecido.
Um estudo de Harvard, realizado ao longo de 75 anos, revelou que o segredo da felicidade reside nos relacionamentos. Eles nos mantêm felizes e saudáveis, reduzindo o sofrimento físico e emocional, garantindo a saúde do cérebro e fazendo com que o nosso sistema nervoso fique mais relaxado. Não nos referimos exclusivamente aos relacionamentos amorosos ou de amizade, mas sim à forma como lidamos com as relações. A maneira que escolhemos viver, apesar de traumas e desilusões anteriores, não pode ser um impedimento para o amor nas suas mais diversas expressões. É fato que pessoas solitárias tendem a ser mais infelizes e a viver menos.
Mas, afinal, quais os caminhos mais indicados para uma vida plena? Comece estabelecendo um propósito para a sua existência, uma missão e uma motivação que impulsione você diariamente e vida afora. Seja fiel a ele e aos seus princípios e não aos outros. Guie-se pelos seus anseios, ignore a opinião de terceiros e o desejo de agradá-los. Concentre-se em suas próprias necessidades e priorize os seus sentimentos. Assuma riscos, sem limitações impostas pelo medo. Procure novos desafios, sempre! Saia da zona de conforto e abra espaço para o novo, liberte-se de crenças limitantes. Não adianta buscar a felicidade em fontes externas, ela está dentro de você e só o autoconhecimento e a consciência dos seus valores e princípios podem servir de guia para os caminhos que resolver trilhar. Lembre-se que poder e dinheiro não estão diretamente relacionados à felicidade. Eles podem facilitar a vida, mas não são garantia de satisfação e plenitude. E, se você ainda não tentou, procure ajudar os outros. Acrescentar alegria à vida de alguém eleva, psicologicamente, o nosso nível de bem-estar.
Por último, mas talvez o importante, é aprender a cultivar o amor, de todas as formas. Apoio, afeto e felicidade estão intimamente ligados. Seja no aspecto familiar, nas amizades ou nos relacionamentos. Cultive o seu grupo de amigos, aqueles com quem sempre pode contar e que também estejam abertos para receber o seu colo em um momento de necessidade. Expresse seus sentimentos, sem ferir, mas com sinceridade. Esteja sempre em conexão com pessoas que desafiem o seu modo de pensar, que remetam a uma reflexão. Não exija muito de você mesmo e nem das pessoas com as quais convive. Escolha um companheiro com quem possa compartilhar a vida e os sonhos, alguém que enxergue o mundo e o futuro com muita sintonia com os seus valores.
Não existe receita única para a plenitude, mas existe uma predominância da simplicidade nas ações e na forma de encarar a vida. Para felicidade, o “menos também é mais”! Sem arrependimentos daquilo que não viveu.
Sobre Jennifer Lobo: filha de empresários brasileiros, nascida nos EUA, graduada pela Auburn University, Alabama, com especialização em Comunicação e mestrado em Relações Públicas. Certificada pelo Matchmaking Institute, empreendedora, é fundadora e CEO da plataforma de relacionamentos M e u P a t r o c i n i o . c o m . Autora do livro ” C o m o C o n s e g u i r u m H o m e m R i c o “, escrito em conjunto com Regina Vaz, terapeuta de casais.