/Locações de imóveis crescem 140% no mês de setembro em Franca e região

Locações de imóveis crescem 140% no mês de setembro em Franca e região

  • Vendas caem 62%! – (Foto: Ilustrativa/Divulgação)

Pesquisa CreciSP
Franca e região
Setembro de 2021
Imóveis residenciais usados
Venda e Locação

  • Aluguel de até R$ 1 mil foi o preferido dos novos inquilinos
  • Bancos privados não financiaram nenhum imóvel em Setembro

Alugar em vez de comprar imóvel foi a opção da maioria dos moradores de Franca e de outras três cidades da região em Setembro, mês em que as vendas de imóveis usados caíram 62% e a locação de casas e apartamentos aumentou 140% em comparação com Agosto segundo pesquisa feita com 195 imobiliárias pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP).

A queda nas vendas em Setembro depois de uma alta de 161% em Agosto se deveu a fatores como “o refluxo natural nas transações depois do fechamento de vendas que estavam em andamento há meses e ao aumento das taxas de juros dos empréstimos bancários”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP.

O aumento dos juros dos financiamentos da casa própria começou em Julho e continuou em Agosto, depois da alta da taxa básica de juros (Selic). As taxas anuais estão agora variando entre 3,55% mais IPCA e 8,25%, dependendo da modalidade do empréstimo e do banco concedente.

Essa alta dos juros já se refletiu no mercado da região de Franca. Em Setembro, somente 33,33% dos imóveis foram vendidos com financiamento, e apenas da Caixa Econômica Federal (CEF) – não houve registro de empréstimos feitos por bancos privados. Em Agosto, e com participação da CEF e demais bancos, 53% das vendas haviam sido feitas com crédito bancário.

Outro indicador do impacto dos juros registrado pela pesquisa CreciSP foi o aumento das vendas feitas com pagamento à vista – o percentual pulou de 13,33% em Agosto para 33,33% em Setembro. As vendas feitas com pagamento parcelado pelos proprietários se mantiveram no mesmo patamar de 33%.

Não são só os juros

O presidente do CreciSP alerta que não são apenas os juros mais altos que devem pesar na avaliação da escolha do tipo de financiamento neste momento, mas também as modalidades de correção das prestações que vão do IPCA à variação da taxa Selic, entre outras. “Além de buscar e encontrar o imóvel mais adequado à necessidade de cada pessoa ou família, o corretor é a pessoa mais qualificada para auxiliar na avaliação do preço e das opções de financiamento junto aos bancos”, afirma.

Viana Neto destaca que uma escolha mais segura deve levar em conta as expectativas em relação à evolução da inflação e dos juros, ambos com viés de alta. “No caso dos juros, como o Banco Central tem deixado claro e o mercado financeiro vem apontando, a tendência é de aumento para tentar conter a inflação, o que torna recomendável apressar a decisão de compra da casa própria”, aconselha.

Empate na venda

As 195 imobiliárias consultadas pelo CreciSP em Franca, Igarapava, Ituverava e São Joaquim da Barra venderam em Setembro o mesmo número de casas e apartamentos, distribuídos igualmente entre bairros da periferia, de áreas nobres e da região central. Metade desses imóveis é de padrão construtivo médio e metade do padrão standard.

Segundo a pesquisa, 50% dos imóveis vendidos se enquadram nas faixas de até R$ 200 mil. Outros 50% custaram aos compradores entre R$ 401 mil e R$ 500 mil. Em Agosto, o preço médio dos mais vendidos (55,56%) na região foi de até R$ 400 mil.

Todas as casas vendidas em Setembro têm 4 dormitórios, três vagas de garagem e área útil entre 301 e 400 metros quadrados. As imobiliárias também informaram que 100% dos apartamentos que venderam são de 2 dormitórios, com área útil entre 51 e 100 metros quadrados e uma vaga de garagem.

Aluguel de até R$ 1 mil tem 58% dos contratos

A locação de imóveis residenciais subiu pelo segundo mês seguido em Franca e nas outras três cidades da região, segundo a pesquisa CreciSP. O aumento foi de 140% em Setembro comparado a Agosto, mês em que a alta havia sido de 29% sobre Julho.

Os novos inquilinos preferiram imóveis com aluguel mensal de até R$ 1.000,00 (58,33% do total), sendo 53,33% deles casas e 46,67%, apartamentos. Estão situados em bairros de periferia 41,03%, e outros 38,46% em bairros de áreas nobres e 20,51% em bairros centrais. A maioria é do padrão construtivo médio (40,63%), com o restante dividido entre os padrões standard (34,38%) e luxo (25%).

As casas mais alugadas foram as de 3 dormitórios (66,67%), seguidas pelas de 1 e de 4 dormitórios (16,67% cada). Têm entre 51 e 100 metros quadrados de área útil 33,33% dessas residências, mesmo percentual das que medem entre 101 a 100 m2 e de 201 a 300 m2. Têm duas vagas de garagem 66,67% delas; as com uma vaga somaram 16,67%, mesmo percentual para as com quatro vagas.

As 195 imobiliárias alugaram em Setembro mais apartamentos de 2 dormitórios (66,67%) do que de 4 dormitórios (33,33%). Desse conjunto, 50% têm até 50 metros quadrados de área útil, com o restante distribuído igualmente entre as faixas de 51 a 100 m2, de 101 a 200 m2 e de 201 a 300 m2.

Metade desses apartamentos tem uma vaga de garagem, 33,33% têm duas e 16,57% têm quatro vagas.