- Alessandra Santana Camargo, coordenadora dos cursos de gestão. – (Foto: Divulgação)
Plano de negócios detalhado ajuda a reduzir riscos e acompanhar mudanças do mercado, aponta coordenadora da Estácio
A Receita Federal anunciou uma mudança histórica no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), que a partir de julho de 2026, passará a incluir letras entre seus dígitos, alterando o tradicional formato composto apenas por números. O motivo é a crescente demanda de registros, que já ultrapassa 60 milhões de empresas no país, aproximando-se do limite atual de combinações possíveis. Esse cenário reforça a importância do planejamento para quem pretende abrir uma empresa em 2026.
Para Alessandra Santana Camargo, coordenadora dos cursos de gestão da Estácio, um dos erros mais comuns é ignorar a elaboração do plano de negócios. “Esse documento é a base de qualquer empreendimento. Ele define objetivos, estratégias e metas. Empreender sem planejar é como navegar sem bússola”, afirma.
Segundo a especialista, o plano deve incluir análise de concorrência, definição do público-alvo, estrutura de custos, precificação, estratégias de marketing e projeções financeiras. “Quanto mais detalhado, melhor. Um bom planejamento reduz incertezas e torna as decisões mais seguras”, explica.
Alessandra ressalta que o documento não deve ser estático. “O mercado muda rapidamente, e o comportamento do consumidor está cada vez mais digital. Atualizar o plano é essencial para manter a empresa competitiva”, diz.
Outro ponto crítico é a gestão financeira. Dados do Sebrae indicam que falta de capital de giro e ausência de controle de caixa estão entre as principais causas de fechamento precoce de empresas. “Muitos negócios não fracassam por falta de ideias, mas por falta de gestão. Controle financeiro é vital para a saúde da empresa”, alerta.
Para quem planeja empreender em 2026, Alessandra recomenda começar agora, buscando capacitações gratuitas, consultorias do Sebrae e ferramentas digitais de gestão. “Empreender exige preparo. Informação, organização e estratégia fazem toda a diferença para garantir longevidade e competitividade”, conclui.










