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Volta às aulas: momento pode aumentar infecções virais em crianças

  • Especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial oferece dicas de saúde para evitar contágio de doenças virais respiratórias. – (Divulgação)

A volta às aulas é sempre um momento muito aguardado pelas crianças e pelos pais. Mas é necessário que os responsáveis garantam um retorno mais seguro para a saúde dos pequenos, reduzindo as chances de contaminação viral e infecções.

De acordo com o otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e presidente da Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica, Dr. Rodrigo Guimarães Pereira, a volta ao ambiente escolar requer a implementação de medidas preventivas para minimizar os riscos de transmissão de doenças virais respiratórias. “Não podemos subestimar a importância deste momento para a saúde escolar e como isso afeta a dinâmica familiar. À medida que as crianças interagem com pessoas fora do círculo familiar, é comum notar um estímulo no sistema imunológico”, acrescenta o especialista.

A mudança na rotina e a presença de doenças facilmente transmitidas são fatores que impactam diretamente a vida das crianças e daqueles que estão ao seu redor. E para auxiliar pais, alunos e professores, Dr. Rodrigo oferece orientações para minimizar os riscos de transmissão de doenças virais respiratórias:

• Higienização frequente das mãos:
Higienizar as mãos é fundamental na prevenção de diversas doenças infecciosas. Essa medida é considerada uma das mais importantes, tanto para a nossa saúde quanto para a saúde dos que estão ao redor. Com essa prática, é possível eliminar sujeiras, germes e bactérias que podem contribuir para o surgimento de doenças.

• Evitar tocar o rosto:
Tocar olhos, nariz e boca aumenta a probabilidade de contato com vírus. Evitar esse hábito é uma atitude preventiva significativa.

• Higienização nasal:
A mucosa nasal é uma barreira importante contra infecções. A higienização com soro fisiológico é importante nas crianças alérgicas, com obstrução nasal e/ou que apresentem secreções, pois mantém a mucosa nasal limpa, hidratada e ajuda a desobstruir o nariz.

• Cobrir vias respiratórias ao tossir ou espirrar:
Ao tossir ou espirrar, é crucial cobrir o rosto, por exemplo, utilizando a parte interna do cotovelo, para evitar a propagação de gotículas de saliva.

• Limpeza regular de superfícies:
Feita com água e detergente ou álcool, a higienização constante de superfícies e objetos de uso frequente, como materiais pedagógicos compartilhados, é crucial para eliminar microrganismos.

• Não compartilhar objetos pessoais:
Itens como garrafinhas, copos e talheres, devem ser de uso individual para evitar a transmissão de doenças contagiosas.

“Além dos cuidados listados acima, é importante evitar que crianças e jovens com sintomas respiratórios frequentem ambientes coletivos, sem avaliação médica. Ao menor sinal de que a saúde está comprometida, é necessário a ida a um médico”, finaliza Guimarães.

Sobre a ABORL-CCF
Com mais de 70 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.500 otorrinolaringologistas em todo o país.