• Silvia Fonseca, médica infectologista do Instituto de Educação Médica (IDOMED). – (Foto: Divulgação)

Com a proximidade da festa, especialistas alertam para a importância da imunização

Com o Carnaval se aproximando e a intensa circulação de pessoas entre regiões, a vacinação contra a febre amarela se torna ainda mais essencial. Em Campinas, a confirmação da primeira morte pela doença em 2025, no início de fevereiro, reforça a necessidade de prevenção. O paciente, um homem de 39 anos que morava na área rural de Sousas, não havia sido imunizado. Autoridades de saúde recomendam que foliões atualizem a carteirinha de vacinação antes de viajar para destinos de Carnaval.

A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos infectados e pode levar a complicações graves, como febre alta, hemorragias e insuficiência renal. A vacina é a principal forma de proteção e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). “A imunização protege contra casos graves e evita óbitos. Para quem vai curtir o Carnaval, é essencial estar vacinado”, alerta a infectologista Silvia Fonseca, do Instituto de Educação Médica (IDOMED).

A vacinação é recomendada para pessoas entre nove meses e 59 anos. Crianças devem receber a primeira dose aos nove meses de idade, com um reforço aos quatro anos. No entanto, para quem recebe a dose a partir dos cinco anos de idade, a imunização é válida para toda a vida, sem necessidade de reforço. Para aqueles que não podem tomar a vacina, como bebês com menos de seis meses e pessoas com contraindicação médica, é essencial adotar medidas de proteção contra picadas de mosquitos, como o uso de repelentes e roupas de mangas longas.

A febre amarela tem dois ciclos de transmissão: o silvestre, que ocorre em áreas de mata e zonas rurais, e o urbano, que não é registrado no Brasil desde 1942. Para evitar o ressurgimento da transmissão urbana, além da vacinação, é necessário intensificar a eliminação de criadouros de mosquitos.

Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre alta, calafrios, dor de cabeça, dores musculares, náuseas e vômitos. Nos casos mais graves, pode levar a insuficiência hepática e renal, hemorragias e óbito. Diante de qualquer sintoma, a orientação é procurar uma unidade de saúde imediatamente para garantir um Carnaval seguro e sem riscos.