Professora de crianças e também de adultos foi premiada entre mais de 3 mil educadores de todo o Brasil. Em Franca, sonha em melhorar os índices de leitura e continuar contribuindo com a formação de futuros pedagogos. (Foto: Divulgação)

Rita Marta Mozetti Silva é professora da Escola Estadual Adalgisa de São José Gualtiéri, no Parque Progresso, em Franca, diretora de Alfabetização de Adultos, além de tutora do curso de Pedagogia da Anhanguera. Nesta semana, a professora, que atua junto à formação de crianças e também de adultos, teve uma notícia que a emocionou como nenhuma outra: ela foi uma das vencedoras do Prêmio Educador Nota 10.

O prêmio foi acirrado e contou com a participação de outros 3.741 educadores de todo o Brasil. Durante a primeira fase, 50 trabalhos foram selecionados e analisados pela Academia de Selecionadores e, na última fase, 10 trabalhos foram premiados, entre eles o Projeto de Língua Portuguesa Pé de Livros Entre Amigos, idealizado por Rita com o objetivo de incentivar o hábito de leitura entre os alunos do 5º ano.

“A leitura é fundamental em todos os momentos, não importa qual a profissão, ler ajuda a desenvolver habilidades de compreensão, opinião, argumentação, discussão, melhora a escrita e a oralidade, que são indispensáveis para a vida em sociedade. Nós, professores, buscamos construir isso junto aos alunos, tanto da Educação Básica quanto do Ensino Superior – que serão os futuros professores, para que eles tenham repertório e criem novas perspectivas”, explica Rita.

O retrato da leitura no Brasil

O projeto premiado de Rita contribui significativamente para aumentar os índices de leitura no Brasil. Segundo a edição mais recente da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro em 2016, a média de leitura do brasileiro é de 2,54 livros por ano. A pesquisa considerou como leitor pessoas que leram ao menos um livro, inteiro ou em partes, nos 3 meses anteriores a sua realização e, no total, apenas 56% dos entrevistados receberam essa classificação.

Entre os motivos, pode-se destacar os mais de 11,5 milhões de analfabetos no Brasil, segundo senso do IBGE de 2017. “Esses são dados que causam preocupação. Porém, pequenas ações que visam incentivar o hábito podem transformar essa realidade, contribuindo com o desenvolvimento de crianças e também dos adultos a sua volta. As instituições de ensino possuem um papel importante, mas tudo fica mais fácil e natural quando existe o estímulo dentro de casa, por parte dos familiares que são sempre os maiores exemplos”, destaca Rita.

Além de trocar informações sobre obras literárias, o Projeto de Língua Portuguesa Pé de Livros Entre Amigos, premiado entre mais de 3 mil concorrentes, contou com atividades que estimularam a escrita, como produção de resumos e críticas, e a leitura em voz alta, realizada durante o intervalo das aulas. Prova da aceitação do projeto foi o envolvimento de familiares, que contribuíram não apenas alimentando um vlog literário dos alunos, mas na produção de conteúdo, nas indicações de livros e na doação de livros.

Outra importante missão enquanto educadora: apoiar a formação de novos professores

Além de lecionar para os alunos na Escola Estadual Adalgisa de São José Gualtiéri, Rita conta que sonhava levar a experiência também para o Ensino da pedagogia. “Se eu tenho boas práticas e acredito que a educação transforma, é importante levar isso aos graduandos que também sonham em fazer a diferença, assim como quando eu era aluna da faculdade. Por isso, junto aos meus alunos de pedagogia da Anhanguera tenho mais uma missão: formar futuros professores, que em breve realizarão o mesmo trabalho que desempenho junto às crianças, adolescentes e adultos em escolas”, conta.

Para a Educadora Nota 10, compartilhar histórias inspiradoras pode desempenhar um papel fundamental na formação de futuros pedagogos. “O meu objetivo junto à graduação é levar minha experiência, porque a educação é transformadora, não só para as crianças, mas para os jovens, idosos. A educação é abrangente e me permite contribuir e replicar o que eu acredito e considero indispensável para a educação também com os futuros pedagogos. Agora, com todos em casa por causa da pandemia, nós vemos a importância de se reinventar e de usar a tecnologia como aliada e temos a oportunidade de valorizar ainda mais o trabalho de todos os educadores e professores”, completa a tutora de Pedagogia da Anhanguera de Franca.

Sobre o Prêmio Educador Nota 10

O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita que, desde 2014, realiza a premiação em parceria com Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho. Reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e também coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país. O Prêmio tem o patrocínio da Fundação Lemann, SOMOS Educação e BDO, e o apoio da Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes e Unicef. Desde 2018, o Prêmio Educador Nota 10 é associado ao Global Teacher Prize, prêmio global de Educação.

Informações retiradas do site: https://premioeducadornota10.org/quem-faz-o-premio/