Estamos a exatos 365 dias do inicio dos jogos das Olimpíadas Rio 2016, e é a primeira vez que uma Olimpíada acontece na América do Sul. O evento é inspirado na competição que agitava a Grécia antiga desde o século 8 a.C, e reproduz suas tradições.

Uma das mais conhecidas é o revezamento da Tocha Olímpica, que tem previsão para começar no mês de maio de 2016 com o acendimento da chama na cidade de Olímpia, na Grécia, e chegará na cidade de Brasília (DF), de onde percorrerá varias cidades do Brasil, incluindo Franca.

Sabemos que as inscrições já estão abertas para quem quiser se candidatar a carregar a tocha durante sua passagem pela cidade. Basta acessar os sites www.bradesco.com.br/tocha,  www.quemseatreve.com.br/Nissan e em breve no site da Coca-Cola, mais antiga patrocinadora dos Jogos Olímpicos, desde Amsterdam 1928.

Mas enquanto não temos mais notícias sobre a tão aguardada cerimônia de revezamento em Franca, que tal conhecer algumas curiosidades sobre essa tradição?

A Tocha Olímpica

A Chama Olímpica é um importante símbolo na historia dos Jogos Olímpicos e representa a paz, a união e a amizade. A chama é conduzida através de Tochas, em um grande revezamento que leva a mensagem Olímpica para além da cidade-sede e que termina com o acendimento da pira na Cerimônia de Abertura dos Jogos.

Com um dos principais atributos de inovação da Tocha Olímpica Rio 2016, os segmentos se abrem, revelando elementos de brasilidade: diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante, com o solo, o mar, as montanhas, o céu e o sol representados nas cores da bandeira do Brasil.

Origens da cerimônia

O revezamento da tocha olímpica existe por causa de uma tradição grega. Na Grécia antiga, os Jogos Olímpicos eram realizados em homenagem a Zeus, divindade máxima daquela sociedade e considerado o “pai dos deuses e dos homens”. Na época, o fogo também possuía muitas conotações divinas para os gregos, que acreditavam que ele havia sido roubado dos deuses por Prometeus. Portanto, durante todo o período da competição, uma chama queimava no templo dedicado a Zeus e também no de Hera, sua esposa. Atualmente, a tocha olímpica é acesa no mesmo local onde ficava o templo de dessa deusa. Nos primeiros Jogos Olímpicos modernos, que começaram em 1896, a chama não esteve presente. Foi apenas em 1928, nos jogos de Amsterdã, que ela apareceu pela primeira vez nas competições atuais. Já o revezamento da tocha olímpica — evento que antecede o início dos jogos — estreou nas Olimpíadas de Berlim, em 1936.

Celebridades participam do revezamento

Outra forma de chamar a atenção para o revezamento da tocha olímpica é convidando pessoas famosas para participarem dele. Em maio de 2012, nas Olimpíadas de Londres, por exemplo, um integrante da banda Black Eyed Peas — will.i.am — foi o artista da vez. Houve até uma cidadã de Londres que passou de anônima a celebridade em pouco tempo: Diana Gould, de 100 anos, foi a carregadora de tocha mais velha do mundo. E o rol de pessoas famosas não é pequeno: David Beckham, P-Diddy, Tom Cruise, Donald Trump e outros já participaram do ritual. E aqui, quem será que vai participar?

Alguns números sobre a tocha

Que tal alguns números sobre o revezamento de tochas nas Olimpíadas de 2012? No total, foram oito mil pessoas para carregar a chama pelos mais de 12,8 mil quilômetros percorridos, utilizando oito mil tochas que passam por mil cidades diferentes, no período de 70 dias. Cada participante carrega a tocha por 200 metros, e um grande esquema de segurança acompanha todo o percurso.

O que acontece com as tochas?

Sabemos que o uniforme usado no trecho fica com o participante. E que as milhares de tochas utilizadas não irão para o lixo depois do evento. Em Londres, por exemplo, quem a carregou pôde comprá-la, pelo valor de US$ 330. Apesar de cara, há quem pense nisso como um investimento e, depois, consegue vender o item por milhares de dólares.

E se a chama apagar?

Como dito, o fogo das tochas tem que vir da chama original, acendida na Grécia. Mas, como seria arriscado demais carregar apenas uma amostra dessa chama por diversos países, a delegação carrega uma espécie de backup do fogo. Além da tocha, existem quatro lamparinas que mantêm a chama acesa por um tempo muito longo e, assim, em caso de acidentes, fica fácil retomar a atividade.

 

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Foto: Ilustrativa/Divulgação