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Saiba como harmonizar o vinho com pratos típicos do inverno

Especialista em harmonização, o sommelier Rodrigo Bertin ensina de forma simples como acertar na combinação

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Foto: iStock

O inverno está chegando e é hora de ir pra cozinha preparar os pratos quentinhos e típicos dessa estação. E não tem bebida melhor pra combinar do que o vinho. E justamente pra te ajudar a harmonizar sem frescura, que o especialista em harmonizações e sommelier, Rodrigo Bertin, traz dicas de vinhos que casam perfeitamente com quatro pratos que não podem faltar nos invernos brasileiros.

Pipoca: A pipoca, por ser feita em óleo ou manteiga, possui uma leve gordura que deixa nossa boca oleosa. Para isso necessita um vinho com acidez para “limpar”. Outro elemento presente na pipoca é o sal e por isso devemos tomar um certo cuidado, pois o sal faz com que os vinhos encorpados fiquem com sensação mais forte na nossa boca. Portanto a melhor opção para pipoca seria um vinho mais jovem, com acidez alta e pouco encorpado, como um tinto leve como a pinot noir ou então um branco não muito aromático, como o Chardonnay, por exemplo.

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Massas: O que manda nas harmonizações com massas são os molhos, se você se atentar a isso não terá dificuldades. Molhos mais fortes e gordurosos pedem vinhos mais potentes (na maioria dos casos use o tinto), já molhos mais leves e delicados combinam com vinhos igualmente leves (tintos leves ou brancos). Não se esqueça que o molho de tomate contém acidez alta e o vinho ideal neste caso deve também conter acidez equiparada. Por isso opte sempre por um vinho mais jovem de safras mais recentes.

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Feijoada: Esse prato é um dos mais difíceis de harmonizar pela complexidade de elementos presente na feijoada, mas é possível sim. Temos o gosto forte do feijão e das carnes, o ácido do vinagrete e da laranja e os acompanhamentos mais básicos como o arroz e a farofa. Para “conversar” bem com tudo isso, utilizamos um espumante brut que se dá muito bem pois limpa a gordura com as borbulhas, equipara a sua acidez com a do prato e não atropela o sabor das bases, pois é bem leve. Tente essa harmonização, pois além de muito saborosa vai ajudar você na digestão do prato.

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Fondue: Esse é outro prato que muda muito a opção ideal de acordo com a diversidade do fondue. Fundue de queijo contém gordura que precisa de acidez e não combinaria com um vinho de muita potência, pois não é tão pesado. Portanto uma boa dica é o vinho branco mais elaborado (como o Chardonnay) ou um tinto leve (Merlot). Fondue de carne precisa de um tinto mais encorpado (como Cabernet Sauvignon) e se for a carne com caldo de legumes, pode ser um tinto mais leve (Carmenère). Já o Fondue de chocolate não tem erro, basta pegar um vinho também doce, como vinho do porto, espumante moscatel e colheita tardia. Se você for fazer uma sequência de Fondue com os três tipos de uma vez, ou você vai trocando o vinho a cada etapa ou pega um vinho coringa que possa se “adaptar” a todas essas variações como um tinto leve e bem frutado ou um espumante semi seco.

 

Fonte/Crédito: Vilamulher.uol.com.br